pois é amigos desconhecidos, dia 13 de julho foi o dia do rock, por isso ontem como um tolo bebi pra caramba nem fui pra missa reza e vé a pequena que realemnte amo. comprei ate um presente pra ela de aniversario dela que foi em maio mais no dia não fui fui pra capital do meu estado de manha e voltei pra minha cidade ao meio -dia e fui bebe e fumar canhâmo ate de noite, ai estavamos bebendo vinho e fumando canhâmo ai aconteceu um tiroteio e uma bala perdida acertou o braço de um amigo meu, foi peso , não me lembro de muita coisa estavamos muito bebados, ai tive que beber mais , sei lá vive é dificil. fico feliz com a seleção brasileira te vencido a espanha por 3 a 0 e ficado campeão na copa das confederações, tinha ate um jogador titular que é aqui do meu estado.
Pelo mundo criaram um vibrador no formato da torre eifell, Em SP a revolução foi linda, quebraram os vidros da prefeitura queimaram carros de T. V. jogaram coquel-molotov colorindo a cidade, alguns jovens pobres ou não enquanto isso saqueavam as lojas, que loucura aquelas noites naquela cidade. Em RJ. os jovens Do Rio e de um moi de canto, sitiram os policias dentro da assembleia legislativa. Fico aqui apensar Farnça e brasil as vezes se parecem.
No mais corrupção e falta de sexo na minha cidade.
Obrigado por me lerem amigos desconhecidos.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Buceta Conto do escritor pop: Roberto Denser
O Sonho de Minnie Mouse
A
CAPINHA IMPERMEÁVEL COR-DE-ROSA, salpicada de sangue e empoada de
terra, abrigava o corpo imóvel de uma garotinha negra: cabelos crespos
presos no laço de uma trança desfeita, grãos de areia e formigas saúvas
maquiando as pálpebras semiabertas; a boca estourada dum murro.
Ao
lado do corpo: dois dentes de leite, catarro, sangue, esperma, e uma
lancheira da Barbie. Dentro da lancheira, uma garrafinha de suco de maçã
e um sanduíche de pão com salame enrolado cuidadosamente em guardanapos
duplos.
Mais além: a mochila jogada de
qualquer jeito, intocada em seu interior, abrigo de um caderninho de
capa mole, de uma bolsa cheia de lápis de pintar.
A capinha impermeável cor-de-rosa já não possui razão de vestir, a chuva se foi há horas.
Ao lado do corpo: mais formigas se aproximam.
Mais além: a mochila permanece jogada de qualquer jeito.
O
lugar é ermo, coberto de mato, ninguém encontrará o corpo a tempo de
lhe dar um velório. Talvez nunca encontrem. Nunca, a não ser que o homem
alto, aquele homem alto que agora se banha, resolva confessar o que
fez. E onde fez.
Isso, porém, não vai
acontecer. Eis o que vai: o corpo da garota apodrecerá mais rápido que o
normal em virtude de estar ao ar livre. Bactérias nascidas e criadas na
floresta de seu próprio organismo, insetos vindos do exterior e
verminosidades necrófagas ajudarão no processo de decomposição do corpo.
Gases explodirão em seu estômago.
Cabelos e unhas serão as únicas coisas nela que continuarão a crescer.
***

Emily
adorava poucas coisas na vida: além da família, talvez apenas Minnie
Mouse, Barbie e leite com Nescau fossem dignas de citação.
Identificava-se, porém, muito mais com a Minnie que com a Barbie, talvez
por esta representar o antropo-ideal estético branco enquanto aquela
nada, além de uma menininha meiga, representava para Emily, uma garota
que jamais admitiria a natureza roedora de sua pequena deidade.
Emily
em muito se percebia diferente daquela pequena fada-boneca: loira,
alta, magra, com cabelos sedosos de fios dourados, nariz afilado,
olhares azuis (ou verdes? Castanhos certamente não eram!) e toda uma
lista de adjetivos (Barbie também era rica, vestia roupas bacanas,
andava em carros esportivos conversíveis e passava as férias na
Califórnia — ou morava lá? Para Emily era tudo a mesma coisa).
A
Minnie, por sua vez e exatamente como Emily, para começar, não era uma
pequena mulher, mas uma grande criança. Minnie usava vestidos
cor-de-rosa com bolinhas brancas, e não parecia ter nada de sofisticado o
suficiente para estar além da compreensão de Emily, exceto talvez por
Mickey, que dava muito trabalho e a quem Emily, se fosse sua namorada,
já teria dado um pé na bunda.
Em seus devaneios,
brincava de ser Minnie. Não tinha amigas e o irmão já entrara na idade
em que brincar nada mais era que um termo merecedor de desprezo e
negação, portanto brincava só; e quando brincava, era Minnie.
— Eu sou a senhora Minnie Mouse!
E assim era a senhora Minnie Mouse: uma criança pobre ma non troppo,
bastante imaginativa e enérgica que aprendeu a ir-e-vir para/da escola
apenas um mês antes de ser avistada e cobiçada por uma espécie qualquer
de maníaco que quando excitado sexualmente só consegue voltar à razão
depois de ejacular seu esperma ralo no cadáver sujo de uma moça
qualquer. Mesmo a moça que é criança, que sequer menstruou, em cujo
raciocínio e fala ainda existe a inocência das variações metatéticas de
quem ainda nem aprendeu direito a falar.
Minnie
Mouse morreu com um sonho que jamais iremos conhecer, mas que sempre
poderemos supor: talvez fosse a garota que quer ser modelo, quem sabe
doutora em potencial, por que não dizer dançarina, atriz, bailarina, do
lar, um trabalho informal? Nunca se saberá, é verdade, mas havia um
leque de perspectivas então podemos trabalhar as mais variadas
possibilidades visto que Minnie Mouse era energia e talento reencarnados
num ossudo corpinho.
O destino de Minnie Mouse,
contudo, foi exatamente aquele para qual nenhuma das perspectivas
apontava: quatro ossos quebrados, dois dentes partidos, um ventre
rasgado e a dor indescritível de quem aguenta aquilo que não se pode
suportar: o peso de cento e dez quilos sobre o corpo que só faltava
voar, o membro encorpado de monstro a rasgar tudo o que poderia vir a
ser fruto de algum prazer menos sórdido, num futuro que pouco tivesse de
mórbido, e que não foi o caso de Minnie Mouse.
Minnie
Mouse morreu e se metamorfoseou em comida de verme. Destino que Deus
lhe escolheu? Não se sabe. Sabe-se apenas do estuprador: já viveu seus
quarenta, goza a perfeita saúde de quem nasceu para o terror e, isso é
certeza, fará outras vítimas.
O sonho de Minnie Mouse permanecerá um mistério irrealizável.
By roberto Denser
Conto de uma escritora do BDE
Almas amarelas*
Por muito
tempo eu fiquei sem saber do sexo das borboletas, não que isso não seja
interessante, pois não tive o despertar para tal assunto. Outro dia, vi
uma borboleta-amarela no barro e tive a impressão que ela sugava o tal.
Fui pesquisar sobre elas. Encontrei uma vasta fonte de estudos sobre
elas. Então fiquei sabendo que o macho, realmente, suga o barro e a
fêmea alimenta-se do néctar das flores; os ovos são colocados nos
botões ou folhas jovens. E daí? Como se dá o acasalamento? Encontrei de
tudo, menos se há ato sexual ou não. Irei pesquisar mais sobre o
assunto.
Claro que não pretendo virar uma especialista em borboletas, o que ficou martelando na minha cabeça é que sobre vários tipos de animais foi fácil saber se há cópula ou não, mas da borboleta não deu. Depois disso fiquei pensando o que isso significou para mim. Vejo gente esbaforida, tratando a vida como prerrogativa da humanidade, vejo gente preocupada com a celulite de certas celebridades e eu... caçando o sexo de borboletas.
Isso diz muito como as pessoas pensam e como elas são. Certa parcela das pessoas que conheço, pessoalmente ou virtualmente, não decide pelo preenchimento das lacunas. Talvez seja algo trançado dentre de suas mentes pela educação para o silêncio. Quando elas ignoram colocam uma pedra bem grande em cima da dúvida. Assim acontece sobre vários temas que surgem durante a vida. É um adubo para a semente da religiosidade. Dúvidas fazem mal à fé.
Certa vez ouvi uma pessoa dizer que os terremotos são obras divinas para sacudir os descrentes. Ela foi inquirida sobre a morte de muitos “crentes” nesses eventos sismológicos. A resposta não foi uma surpresa : “eles morrem por terem a crença errada”. Alguém perguntou se ela como uma pessoa “instruída” nunca tinha ouvido falar em tectônica das placas. Daí veio a martelada no dedo: “os cientistas nunca viram uma placa tectônica”. Essa doeu e a pergunta básica veio de supetão: “e deus, você viu?”. Podemos, sem pensar muito, adiantar a resposta: “está na Bíblia”. Quer dizer: não há chances de debate sério, já que a sentença já foi declarada, o dogma já foi estabelecido mesmo se qualquer evidência forte aparecer.
Pérolas como essa são comuns e o poder do mito é reforçado com os teoshows da televisão. Qualquer lei da física pode ser alterada pela oração, todas a química pode ser transfigurada pela fé, as doenças podem ser extirpadas pelo dízimo e assim por diante.
Um bom debatedor pode perguntar se a ciência está se tornando religião. O rebatedor terá a resposta: o cientista e os que acreditam nela sabem que tudo depende das evidências. Um cientista sério não tem o menos pudor de rasgar suas hipóteses quando aparecem evidências contrárias. Já a fé religiosa não quer sequer ouvir falar em pesquisas, tampouco tratar sua verdade como hipótese. A fé requer aceitação plena mesmo que as evidências sejam fortes o suficiente para ridicularizar o dogma.
Voltando às borboletas. A psicanálise enxerga a borboleta como um símbolo do renascimento. Muitas religiões falam do renascer do indivíduo e algumas levam o termo bem a sério, chegando à reencarnação. Se houvesse a o reencarnar, eu não gostaria de voltar como inseto. Aí pode ser dado início a um bom debate sobre espiritualismo, que muitos confundem com doutrinas espíritas e se assustam em saber que eles próprios são espiritualistas. Aliás a maioria dos “crentes” não conhece a doutrina em que estão inseridos, apenas seguem os rituais e algumas regras cotidianas.
Vou citar um amigo, que denominarei como Seu X, ele era um católico rotineiro. Vivia seu cotidiano sem pensar em questões religiosas, mas tinha em seu ritual domingueiro ir à missa das sete e na saída comprar pães e jogar migalhas aos pombos da praça. Certamente, comungava e fazia coro às rezas. Isso parecia inofensivo para ele, até o dia que descobriu-se no meio de uma pendenga entre setores do catolicismo. O pároco local havia sido excomungado pelo Papa João PauloxII ( juntamente com todos os lefebvrianos). Ele, que era um homem bem conceituado pelos locais, foi colocado na parede, deveria decidir se continuaria seguindo o padre ou se seguiria o Papa. Haviam apaixonados dos dois lados e ele era só um católico por conveniência. Como era de se esperar de uma pessoa com um mínimo de inteligência sincera, debruçou sobre a questão. Foram alguns meses de pesquisas e finalmente a decisão foi tomada: “minha fé feneceu na proporção que minha mente se abriu”. Perdeu vários amigos. Hoje é um bom exemplo de conversão ao ceticismo religioso. Fomos apresentado por um amigo em comum, um kardecista apaixonado.
O meu senso de curiosidade já rendou muitos frutos bons, espero conhecer mais um pouco sobre as borboletas, também já afastou algumas pessoas de mim ( elas não estão fazendo falta nenhuma) e trouxe amizades maravilhosas. Não consigo ter uma opinião sincera sobre algo sem analisar antes. E, ainda mais e mais, acho que esse deveria ser o rumo de toda a educação do indivíduo. Como podemos admitir que nossas crianças sejam bombardeadas por verdades absolutas se, ao menos, terem a chance de saber das outras verdades? Como poderia eu opinar sobre as borboletas, se nem sabia se elas eram divididas em machos ou fêmeas? Ainda não posso falar do sexo delas. Como não sei sobre as seitas religiosas da Micronésia, para avaliar se suas divindades podem ou não competir com outras que tenho o conhecimento? Como os povos que desconhecem Jesus podem ser condenados, por isso, ao inferno eterno ( algumas denominações pregam isso)? Como os “crentes” que morrem nos terremotos poderiam ser castigados por ter uma “fé errada”?
Juleni Andrade
*em várias culturas a borboleta simboliza a alma
Claro que não pretendo virar uma especialista em borboletas, o que ficou martelando na minha cabeça é que sobre vários tipos de animais foi fácil saber se há cópula ou não, mas da borboleta não deu. Depois disso fiquei pensando o que isso significou para mim. Vejo gente esbaforida, tratando a vida como prerrogativa da humanidade, vejo gente preocupada com a celulite de certas celebridades e eu... caçando o sexo de borboletas.
Isso diz muito como as pessoas pensam e como elas são. Certa parcela das pessoas que conheço, pessoalmente ou virtualmente, não decide pelo preenchimento das lacunas. Talvez seja algo trançado dentre de suas mentes pela educação para o silêncio. Quando elas ignoram colocam uma pedra bem grande em cima da dúvida. Assim acontece sobre vários temas que surgem durante a vida. É um adubo para a semente da religiosidade. Dúvidas fazem mal à fé.
Certa vez ouvi uma pessoa dizer que os terremotos são obras divinas para sacudir os descrentes. Ela foi inquirida sobre a morte de muitos “crentes” nesses eventos sismológicos. A resposta não foi uma surpresa : “eles morrem por terem a crença errada”. Alguém perguntou se ela como uma pessoa “instruída” nunca tinha ouvido falar em tectônica das placas. Daí veio a martelada no dedo: “os cientistas nunca viram uma placa tectônica”. Essa doeu e a pergunta básica veio de supetão: “e deus, você viu?”. Podemos, sem pensar muito, adiantar a resposta: “está na Bíblia”. Quer dizer: não há chances de debate sério, já que a sentença já foi declarada, o dogma já foi estabelecido mesmo se qualquer evidência forte aparecer.
Pérolas como essa são comuns e o poder do mito é reforçado com os teoshows da televisão. Qualquer lei da física pode ser alterada pela oração, todas a química pode ser transfigurada pela fé, as doenças podem ser extirpadas pelo dízimo e assim por diante.
Um bom debatedor pode perguntar se a ciência está se tornando religião. O rebatedor terá a resposta: o cientista e os que acreditam nela sabem que tudo depende das evidências. Um cientista sério não tem o menos pudor de rasgar suas hipóteses quando aparecem evidências contrárias. Já a fé religiosa não quer sequer ouvir falar em pesquisas, tampouco tratar sua verdade como hipótese. A fé requer aceitação plena mesmo que as evidências sejam fortes o suficiente para ridicularizar o dogma.
Voltando às borboletas. A psicanálise enxerga a borboleta como um símbolo do renascimento. Muitas religiões falam do renascer do indivíduo e algumas levam o termo bem a sério, chegando à reencarnação. Se houvesse a o reencarnar, eu não gostaria de voltar como inseto. Aí pode ser dado início a um bom debate sobre espiritualismo, que muitos confundem com doutrinas espíritas e se assustam em saber que eles próprios são espiritualistas. Aliás a maioria dos “crentes” não conhece a doutrina em que estão inseridos, apenas seguem os rituais e algumas regras cotidianas.
Vou citar um amigo, que denominarei como Seu X, ele era um católico rotineiro. Vivia seu cotidiano sem pensar em questões religiosas, mas tinha em seu ritual domingueiro ir à missa das sete e na saída comprar pães e jogar migalhas aos pombos da praça. Certamente, comungava e fazia coro às rezas. Isso parecia inofensivo para ele, até o dia que descobriu-se no meio de uma pendenga entre setores do catolicismo. O pároco local havia sido excomungado pelo Papa João PauloxII ( juntamente com todos os lefebvrianos). Ele, que era um homem bem conceituado pelos locais, foi colocado na parede, deveria decidir se continuaria seguindo o padre ou se seguiria o Papa. Haviam apaixonados dos dois lados e ele era só um católico por conveniência. Como era de se esperar de uma pessoa com um mínimo de inteligência sincera, debruçou sobre a questão. Foram alguns meses de pesquisas e finalmente a decisão foi tomada: “minha fé feneceu na proporção que minha mente se abriu”. Perdeu vários amigos. Hoje é um bom exemplo de conversão ao ceticismo religioso. Fomos apresentado por um amigo em comum, um kardecista apaixonado.
O meu senso de curiosidade já rendou muitos frutos bons, espero conhecer mais um pouco sobre as borboletas, também já afastou algumas pessoas de mim ( elas não estão fazendo falta nenhuma) e trouxe amizades maravilhosas. Não consigo ter uma opinião sincera sobre algo sem analisar antes. E, ainda mais e mais, acho que esse deveria ser o rumo de toda a educação do indivíduo. Como podemos admitir que nossas crianças sejam bombardeadas por verdades absolutas se, ao menos, terem a chance de saber das outras verdades? Como poderia eu opinar sobre as borboletas, se nem sabia se elas eram divididas em machos ou fêmeas? Ainda não posso falar do sexo delas. Como não sei sobre as seitas religiosas da Micronésia, para avaliar se suas divindades podem ou não competir com outras que tenho o conhecimento? Como os povos que desconhecem Jesus podem ser condenados, por isso, ao inferno eterno ( algumas denominações pregam isso)? Como os “crentes” que morrem nos terremotos poderiam ser castigados por ter uma “fé errada”?
Juleni Andrade
*em várias culturas a borboleta simboliza a alma
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