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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Buceta aquela garotinha me ensinou o que é o amor!

depois de ter minha monografia rejeitada ela faculdade pela milessima vz, hehe vida besta essa de querer ser serio , eu vivo de sonho de brisa. e de pequenas, eu achava que poderia ama todas as garotas ao mesmo tempo, seria um conquistador. que nunca iria aparece uma garota que me deixa-se louco de amor. completamnte apaixonado.mais não é que apareceu esta garota a conheci ontem em um banho aqui da cidade, ela tinha treze anos e eu quase perto da idade onde o jovem pensar que é imortal,
penultimo dia do ano de 2010, eu sem beber embora as mesa da festa que participei estivessem cheias de bebida, foi quando ela apareceu loira é bela, parecia de outro estado ou da euroupa, tão perfeita, realmente é não como nos contos que eu escrevo, bonita demais linda, passeia a tarde tomando banho com ela no rio e descendo do torpoaga ela mefez de gato e sapato, ela me pediu uma pulseira que estva no meu braço dei pra ela ai eu fiquei com uma e ela com outra disse pra ela que ela era muito bonita que estava com ciume dela porque tinha outros meninos olhando pra ela ela me sorriu . se pudese narra todos os aconteciemntos dessa tarde passaria o resto da minha vida aqui. mais meu ser esta tomado de uma paixão imensa por aquela menina que só consigo pensar nela.
No mais corrupção e falta e sexo na minha cidade.
Obrigado por me lerem amigos desconhecidos

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Buceta por amor não aparece barreira


Sim a vida é bela, petala porto seguro simplismente,. Minha vida esta um fracasso meu artigo do tcc foi rejeitado na faculdade, as pequenas como belas joias a enfeita o universo distante de mim tal qual são paulo e rio de janeiro do resto do brasil.
Ontem bebi na chans elysses aqui da minha cidade, ganhei presente de uns trauseuntes que passava por aquela avenida.
A pequena pedaço de sol mora na chans elysses o que torna o local ainda mais maginifiquei, mais não vi apequena naquela tarde .
estava tomando vodka tipo limonada, e cerveja preta e também loira, e também bebi um calice de vinho .Antes tinha fumado Canhâmo pela cidade e cheirado l.o.l.lo..
mais ganhei alguns moluscos chamados de siri, que um homem que me pediu um copo de cerveja preta que ele tomou e alegre me deu três siris ainda vivo, fiquei a imagina o inicios dos tempos ondes os sere humanos viviam da troca de produtos por outros sem precisa de dinheiro.
mais as pequenas que passavam pela chans elysses eram muito lindas não tinha outra forma de fala como ela se não fosse em françês.
Ainda fiquei com uma pequena muito linda a voz dela me seduzia de uma forma prazeroza, passei a mão por tras de sua nuca e alisei e lhe roubei um beijo ela não pode resistir, depois ela me falou de seu namorado , lhe roubei outro beijo e ficamos assim até o inicio da noite.
No mais corrupção e falta de sexo na minha cidade.
Obrigado por me lerem amigos desconhecidos

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Buceta dos dais o mais glorioso

Saber da vida, ela é boa de uma forma ou de outra, fica pensando em tristeza é coisa de fraco, espera felicidade e ser como animais, tipo eles vivem intensamente a felicidade,. Eu tou tipo um bicho dia vinte imagina só cara, vou defender minha monografia na faculdade que coisa boa , a vida é realmente um sonho as pequenas são belas e infinitas. Agora estou tc com uma pequena a linda ariel, seu sorriu tem a maginitude do universo.
No meu pais criança morre em sp depois de recebe vaselina na veia no meu estado Lula , faz uma visita não diz nada de interresante, de bom ele reconheceu o territorio palestino de antes da guerra dos seis dias.
No mais corrupção e falta de sexo na mainha cidade.
Obrigado por me lerem amigos desconhecidos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Buceta baião de dois!

O ano se encerra como nuvens belas, hoje a tarde chove bem legal aqui na paraiba, esta semana bebi no dia de nossa senhora da conceição foi estupido isto, ter bebido um dia foi uma grande fraqueza minha.
parei de beber, estou lutando apenas contra meu corpo que bebeu tanto que hoje sofre para para de beber.
as pequena como sempre linda elas dançam com seus sorrisos lindos em minha vida, faz tempo que beijei uma.
No mais corrupção e falta de sexo na minha cidade.
obrigado por me lerem amigos desconhecidos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Buceta disventuras em series

Mundo que vivo não sei as coisas se comporta, tão frageis nunca a felicidade se mostra, aqui em casa duas garotas me azucrinam e não me dão nada, vivo como um pequeno fracasso urbano na universidade as coisas só pioram não sou o saldor dali nem muito menos um grabriel garcia marquês quem derá eu sei igual a um salvador allendre mais a vida é injusta é fraca e sem rotulo. mais tudo muda é bom sempre acredita no bem pensar que se pode ser feliz. em algum espaço isto é tão demode , no mue pais a policia invadir favela o mês de dezembro começa e eu como um pequeno ser fracasso ainda espero beija uma pequena de fato linda antes do ano acabar.
No mais corrupção e falta de sexo na minha cidade.
Obrigado por me lerem amigos desconhecidos

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

buceta + um conto dessa fez conto novo



O Amigo do Judas
O Padre Romão dizia que as aleluias do último sábado da semana santa eram como um cálice revigorante de caldo. Eu nunca tomei caldo em um cálice, mas acho que entendi o que ele quis dizer. De fato, a quaresma, que embora já tivesse muito mais de profana do que de sagrada, sempre dava novos fôlegos à fé das pessoas. Depois dela, era certo que as missas dos dois meses seguintes iriam lotar, e também que haveria bem menos confissões e bem menos penitências. Eu o ouvi dizer isso à porta do Galpão do Lô, uma taberna mal iluminada onde as putas se abrigavam das chuvas de março.

O vigário me olhou com uma espécie de comiseração beata quando eu reclamei da gastrite, e se serviu da minha cachaça. Eu estava imundo naquele dia, tinha bebido os últimos três, sem parar, por causa de um amor contrariado há muito tempo que me voltara à lembrança. Ele me perguntou se eu estava com fome e eu disse que não. Estava ali só esperando, porque em alguns minutos o velho Lô puxaria os tamboretes pra dentro do Galpão e me chamaria para arrumar o Judas. “É mesmo”, disse o padre se lembrando, “Pois venha tomar um banho, homem, porque senão você vai acabar espantando as rendeiras que a Toinha mandou chamar.”

Quando eu voltei do banho, meia hora mais tarde, não estava tão limpo quanto pudesse ficar. Me encostei na algaroba velha da Igreja da Matriz e fiquei esperando o bar fechar. Lá pela meia noite o Lô saiu mancando e soprou no mesmo apito de sempre, o que seu filho havia lhe dado antes de morrer de tristeza. O apito provocou uma resposta em forma de burburinho quase imediata, logo seguida pelas luzes dos terraços, que foram se ascendendo devagar, até que, dez minutos depois, a noite parecia haver retrocedido às sete horas de novo.



Salôba, meu companheiro de pinga, surgiu na esquina carregando uma saca de estopa enorme, bem maior do que ele e já se rasgando nas costuras. Ele me chamou e eu cambaleei até lá para ajudá-lo. A saca era bem mais leve do que parecia, mas estava cheia de espuma de colchão velho, e meu ombro recém alfazemado ficou com um cheiro esquisito de percevejo.

À porta do galpão fomos recebidos pela Toinha do Lô com duas mulheres muito parecidas exceto pela diferença de idade: uma já velha e carcomida, outra novinha e esbelta, ambas com a mesma cara de desiludida. Eram as rendeiras, a mãe e a filha, que haviam chegado mais cedo do distrito de Milhã para ajudar com o Judas. Quando entrei resolvi não falar para não espantá-las com o bafo, mas a cabrochinha nova me olhou com uma cara de quizila tão medonha que pensei seriamente em mandá-la à merda. Sitonho riu e se reuniu comigo e com Salôba no canto do galpão. Tinha as mãos cheias de lantejoulas e o rosto meio brilhoso, com uns pontinhos dourados que só apareciam quando ele se mexia. Eu achei estranho, mas já estava acostumado: nunca vira Sitonho para não achá-lo estranho.

Enquanto eu juntava as pratas do bolso para pedir mais uma dose de cana, todos os presentes no galpão conversavam alto e davam gargalhadas, fingindo se conhecerem desde criança. Mas teve uma bendita hora em que o silêncio chegou, constrangedor como sempre, e fez alguém se adiantar e dizer por que nós todos estávamos ali. Alguém tinha de explicar, embora fizéssemos aquilo todos os anos, desde um tempo tão remoto que ninguém mais sabia direito porque fazia. Era o Judas. Iríamos passar a noite fazendo o boneco que seria malhado no dia seguinte, e este ano, que até então havia sido particularmente ruim, deferia muito mais importância àquela tarefa.



Por isso, por ser este um ano de luto, era de se esperar que as pessoas construíssem um Judas mais bonito do que os dos anos anteriores. Até contratações haviam sido feitas para que o Iscariotes ficasse perfeito, imponente e brilhante, para que as pessoas o torturassem com mais gosto.

Quando começamos a fazer o Judas, pegamos a fronha de corpo inteiro que já estava feita e a estufamos com cuidado para não deixá-la com as partes desproporcionais. O boneco ficou bastante musculoso e comprido: tinha mais de três metros. O Sitonho tentou disfarçar, mas todo mundo viu que ele enxertou, um pouco mais, perto da virilha do Judas. Quando eu fui ajeitar, a rendeira mais nova repetiu a cara de bunda e se benzeu, cutucando a mãe com o cotovelo.

Botamos a roupa nele. Ao invés da túnica que tínhamos combinado depois de ver a paixão de Cristo, Cleonice, uma vizinha fofoqueira, apareceu com um imenso uniforme da Seleção Brasileira, porque, dizia ela, a copa daquele ano havia sido uma vergonha. Ninguém fez objeção. As rendeiras, por sua vez, abriram uma bolsa de couro de boi e tiraram um monte de palha com um cheiro engraçado de canela e limão, para botar por baixo da roupa. Depois de vesti-lo colamos os cabelos, as unhas e pintamos olhos, boca, nariz e um par de sapatos mocassim, este último alvo de bastante reclamação da mãe rendeira, que afirmou nunca ter visto jogador de futebol de sapato.

Colamos uma bola na mão dele. Eu fui o responsável por cobrir as costuras com lantejoulas coloridas, e Salôba, que acabava de voltar de uma “cagada das boa”, passou um verniz nos braços e no rosto do boneco para deixá-lo um pouco mais moreno. Sitonho tirou um potinho brilhoso do bolso e saiu jogando por cima do cabelo e dos ombros do Judas, fazendo todo mundo rezingar. “É glíter”, disse ele, soprando um pouquinho contra a luz.



Quando o dia começou a amanhecer o Judas já estava tão enfeitado que ninguém tinha dúvidas de que haviam se superado. Aquele era, sem dúvidas, o Judas mais bem feito que eu lembrava de ter visto. Então demos o trabalho por terminado e o pusemos de pé na frente da casa, para secar o verniz e pro povo admirar.

Enquanto os vizinhos se despediam e davam até mais tarde, peguei uns tarecos que Deuzinha apareceu distribuindo e fui pra debaixo da algaroba, onde acabei dormindo por algumas horas, até ser acordado por um grupo de penitentes, o mesmo que me acordara meses antes, no Reizado. Ao longe, de amarelo e azul, o boneco parecia ainda mais aparatoso. Pensei comigo, “nem um boneco de Jesus Cristo teria sido tão bem cuidado”.

Mas aí uma coisa balançou em cima de mim. Olhei pra cima e vi que tinha alguém trepado na algaroba. Havia me esquecido que aquele era o exato lugar da malhação. Mas, afinal de contas, esperava que alguém me avisasse pra sair de baixo da árvore antes de começarem a podá-la. Era o Josué, o filho da Quenga, que estava em cima da árvore. Começou a cortá-la aos arrancos, como se tivesse descontado na pobre todas as humilhações pelas quais passara desde moleque. Depois de uma hora, quando o serviço acabou, dava pena o estado da algarobinha: havia sobrado tão poucos galhos que uma revoada de andorinhas ia pousar nela, mas desistiu porque faltavam lugares.

De tardezinha, as pessoas saíram de suas casas penteadas e cheirosas e se sentaram nas calçadas. Quando o Salôba e o Julião, irmão do Salôba, amarraram o Judas na algaroba, um monte de meninos começou a surgir de repente. Surgiam de casas, de detrás dos carros, dos postes, do teto das casas, do chão... Num pedaço de tempo a rua tinha tantos meninos que pensei que os adultos tinham encolhido.


Os guris se reuniram ao redor do Judas e ficaram se enxerindo pra destruí-lo, dando muito trabalho a Salôba e a Julião, que ficaram de guarda a mando do velho Lô, que olhava de longe esperando bater seis horas para dar início à festa. Eu procurei um canto pra tomar banho, mas não achei. A igreja estava fechada e, por mais que eu batesse, ninguém atendia. O padre certamente não iria participar da malhação este ano, porque no ano anterior tinha sido criticado pelo bispo de Mombaça, cuja paróquia, a maior da região, era seu sonho de posse secreto. Então me conformei com um mergulho de rosto no restinho de água de chuva que ainda tinha no chafariz.

O sino badalou. Todo mundo olhou pro Lô e ele entrou em casa. Um instante após saiu com o apito pendurado no pescoço e andou, de mãos dadas com Toinha, até o pé do Iscariotes. O Sino badalou pela última vez e nesta hora recomecei a beber. Lô soltou um pigarro e escarrou na grama. Como no ano anterior, começou o discurso segurando o apito do filho com as mãos juntas no peito e falando das suas peripécias no tempo em que ele era menino. Quando a mulher já se desmanchava em lágrimas, ele mudou de assunto e começou a citar tudo de ruim que acontecera no país nos últimos meses, falou de um cantor que morreu de câncer, de um prédio que caiu, da seleção que perdeu a copa e, por fim, do seu urubu que morrera. Então lembrou que Judas, o da bíblia, muito tempo atrás tinha cometido a maior sacanagem da história, algo maior e mais feio do que tudo o que ele já havia citado até então. Ele traíra Jesus, um homem santo. E o traíra com um beijo, pois além de traidor era viado. Selara o destino do homem que lhe dera a chance de ser um santo e de ter uma estátua na igreja. E o fizera em troca de míseros trinta reais. Lô terminou o discurso pedindo que descontassem naquele boneco todas as injustiças do mundo, para que Judas aprendesse a nunca, nunca mais trair Jesus.



Eu continuava fedendo. E embora não conseguisse sentir, notava que de vez em quando alguém cochichava, ou se afastava e ficava fazendo caretas. Como já estava bêbado, sai atropelando uma dezena de guris e me agarrei com o Judas, pra ver se pegava o pouco do cheiro. Foi Salôba que me tirou de lá e me levou pra o trilho do trem, onde duas quenguinhas esperavam sentadas algum freguês aparecer. Salôba, que tinha fama de bem dotado, ficou exibindo o volume por trás do calção para as donzelas, que riam e faziam as mais falsas caras de assustadas. Então eu vi, do outro lado da rua, a rendeirinha filha da rendeira, e quando ela me viu se benzeu mais uma vez. Eu cutuquei Salôba e a mostrei. Ela havia virado de costas, e parecia querer me ignorar... Nessa hora comecei a pensar que ela talvez quisesse era dar uma trepada. Mas Salôba botou o membro pra fora e ficou esperando ela se virar, o que, com efeito, a fez correr e sumir para nunca mais aparecer.

Voltei para o Judas e percebi que ele já estava aos frangalhos. O esmero com que o havíamos feito tinha sido proporcional à fúria com que o malharam. Já se aproximava a hora, a má hora, em que algum capeta em forma de menino traria uma tocha improvisada e tacaria fogo no boneco. E não demorou. Tulião até tentou impedir, mas as chamas pegaram no pé e cresceram tão rápido que quem estava perto se afastou e quem estava longe chegou mais perto, para admirar. Olhei para o rosto do Judas sendo comido pelo fogo, ele ainda parecia feliz. Atrás dele, a algaroba sofria com a casca em brasas. Fui até lá e o arranquei de vez da árvore. Ele queimou no chão, queimou até os cabelos, enquanto as lantejoulas coloridas pipocavam pros lados.


No final da festa, quando vi a cara de desolação com que ficaram os guris, os velhos do dominó e do bar, as putas e as vizinhas fofoqueiras, tive certeza do que havia pensado mais cedo. Que o diabo do Judas Iscariotes só havia nos trazido felicidade. E que agora que ele tinha ido embora, pra eles só sobraria o fardo, a eterna culpa de carregar nas costas uma morte de mais de dois mil anos, de alguém que morreu por nós...

Eu não carrego essa culpa, nunca carreguei. Mas gostava bastante dos que a carregavam na minha cidade, porque eram eles que iam à missa de domingo e deixavam umas moedinhas no meu chapéu, as quais sempre pagavam com folga a minha birita e o meu fumo especial. Com certeza é por isso que, no dia seguinte, eu estava lá no batente da igreja, dando bom dia a todas as pessoas cheias de glíter que desviavam de mim para entrar, porque naquele dia era meu, tanto quanto deles, o reino dos céus.
ASS: Dan

Buceta + um conto


E por falar em poesia.....
¨¨
Saído de um desses prédios comerciais onde eu fora entregar alguns contratos importantes, sento-me numa das mesas dum barzinho da moda da Juscelino Kubitschek, Olho para o relógio; quase 18 horas dum horário estúpido de verão. Olho também para o cardápio e dou por falta da relação de bebidas. Estalo os dedos e chamo o garçom:

-Meu rapaz, você pode me servir uma dose da Sputnik.

-Como? Espu... o quê senhor? - Ele arregala os olhos

-Sputnik! É uma vodka, nacional, muito boa por sinal - Respondo-lhe pacienciosamente. Evidente, em não tendo ele não é obrigado saber que vodka é essa - conclui

-Não, não senhor. Não temos e nunca ouvi falar! – Ele confirma - Mas. falando em vodka, temos a polonesa Wiborowa, a russa Stolichnaya....

-Humm... e quanto sai a dose? - Indago com um olhar atrelado ao desinteressante cardápio. Talvez o desinteresse tenha se dado ao bater o olho na secção de lanches - X Burguer á moda do Rei - 25 reais.

-Quarenta e dois reais, a dose, senhor! - Ele diz com um sorriso encabulado - Claro, a essa altura ele vê pelos meus trajes e horrível aparência da barba de mais de três dias e percebe que ali que ali não é a minha praia.

-Hã? - Eu me assusto.

-Bem senhor.... em promoção temos a tônica da Antártica. Dois reais e cinqüenta! Sabe como é, né? Esses jovens não querem saber de água tônica. Pra falar a verdade acredito que nem saibam que gosto tenha – Completa com ares de quem sabe a propriedade do que fala.

-Seu nome? - Eu lhe pergunto. Eu tinha gostado dele. Ele também viera de baixo, eu podia perceber. E os que vêm de baixo sabem como é duro subir.

-Genivaldo, senhor! - Responde dirigindo-me a mão em cumprimento.

-Prazer! Zambini – Retribuo a apresentação e peço duas garrafinhas de 290 ml pra me refrescar do calor que rachara mamona naquele dia embolorado.

Talvez Genivaldo fosse um sábio ou uma Madre Teresa de Calcutá, afinal poderia ter me indicado o boteco mais próximo e que fugisse de um desses corredores da ostentação.



Portanto, com a sua simpatia e lábia induziu-me àquelas duas garrafetas, pressentindo talvez que eu estivesse propício á embebedar-me se encontrasse preços compatíveis com o poder aquisitivo do meu bolso ali pelos bares da redondeza.
Colocadas em cima da mesa, despejei no copo alto e dei duas fortes talagadas estalando a língua no céu da boca. Ele sorriu.
Atrás de mim numa mesa dois garotos e uma garota riam alto. Olhei para eles e eles eram bem bonitos, roupas caras, de grife, provavelmente carangas importadas e coisas e tal. Continuo bebendo meu refrigerante enquanto observo-os pelos cantos dos olhos. Eles continuam rindo, rindo muito e nem sei de quê. Repentinamente os risos vão cessando e um deles consulta um laptop colocado à sua frente. Achado o que procurava fazem silêncio. Novamente parece consultar o seu computador e em menos de minuto solta a voz na declamação de um poema; seu poema.

“Que pensaram as araras,
divisando ao longe as naus
naquele dia de abril?”

Era uma poesia de época e que retratava um Brasil descoberto, as aflições, os transtornos que esse descobrimento causou ao povo indígena, à flora e à fauna.
De onde eu estava eu pude escutá-lo com toda clareza; o poema seguia linhas descompromissadas com o sentimento do ser ou de suas inexploradas profundezas.
E o seu poema era lido sem interpretação, raso, um desses que não se envolvem em demasia, que não gostam de falar de da dor, do amor e nem de nada que demande alguma carga emotiva. Ao terminar eu pude ouvir dos seus amigos um “Oh, que bárbaro” e “Putz, cara! Que bacana!"

Eu sorrio. De fato eu não gostara do poema com um todo. Houvera sim uma ou outra parte interessante, desses que insistem em habitar a superfície num quanto mais raso melhor, inversamente, óbvio, ao que acredito. Hoje mais que ontem me parece que o importante é ser mergulhador dos seus próprios oceanos e de lá quando submergir trazer consigo as dores, esperanças e as desilusões que podem estar escondidas entre as pedras mais rasteiras.


O tema? Tanto faz! Não me parece importante desde que traga algo ao chegar na superfície.

Pago os refrigerantes, aperto a mão de Genivaldo e sigo meu caminho ainda pensando naqueles três. Sorrio novamente ao olhar para trás. Dessa vez o sorriso é cúmplice; Naquela idade eu também fora um contestador do meu tempo. Gostava das minhas namoradas. Mas, gostava-as fundamentalmente dentro de quatro paredes, sem excessiva exposição. Amei algumas, mas não admitia demonstrar o meu afeto publicamente. Palavras meladas que a meu ver eram coisas de babacas, nem pensar! Claro, eu não queria pagar o mico já que seriam interpretadas por meus amigos como meras dramatizações, e bem ao estilo mexicano.
Portanto foi necessário um mar de existência para conseguir fragilizar-me sensibilizar-me

Antes de dobrar a esquina volto e olho para trás. Ainda de onde eu estava era possível ver-lhes as roupas. O rapaz de camisa amarela que declamara parecia estar compenetrado com seu note, provavelmente à caça de outra penca de poemas no HD.
A garota loira e de pernas bonitas numa cor lindamente bronzeada atirava os seus lindos cabelos, ora para o lado, ora para trás, enquanto o outro, da direita, de camisa vermelha, não percebia que aquele lance dos cabelos era para ele. Eu sorri. Provavelmente devem ter se esquecido de alertá-lo – Pensei comigo - A mim alertaram assim que entrei pelos 14 ou 15: Filho, toda mulher que insistentemente joga os cabelos para trás enquanto conversa com você, é porque está muito a fim de conhecê-lo mais intimamente – Disse meu pai –
Houve muitas ocasiões que meu pai errou, pois ele nunca fora um sábio, mas, nesta?
-Te devo essa, velho! – Nunca falhou uma!


Copirraiti 2010NOV
Véio China©

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Buceta + um conto!

Conto: Rayza e a sétima arte


Para: Rayza

“ o caminho do bem, acredite é agora, acredite é a hora”
( TIM Maia)



O sol daquele tarde era uma definição bela de pureza e perfeição; mais Rayza ultrapassava esta barreira e pairava como a mais lida pequena da raça humana.
Estávamos lá em casa vendo um filme e comendo pipoca com refrigerante, o mundo a nossa volta permanecia como sempre esteve no tempo; a película 9filme) que agente estava assistindo se chamava QUEBRANDO TUDO, foi produzido pela Meca do cinema. Portanto era perfeito falava de super-heróis assassinos e de como esta o inicio do século XXI.
Só sabia do filme pois tinha assistido antes; pois do lado de Rayza é impossível para qualquer ser mortal fazer outra coisa que não seja admirar a formosura a eloqüência da beleza feminina que nela esta personificado.
Numa das cenas do filme, uma super-heroina mata vários bandidos a golpes de espadas e a canivete ela corta as pernas deles, perfura seus crânios, suas barrigas e costas e o sangue rolando. Enquanto ao fundo a trilha sonora e de uma banda de rock onde uma cantora canta um hardcore americano alegre.
Rayza ria da cena, com certeza só a musica chamou sua atenção. Não sei. Aproveitei aquilo pra chegar mais perto a abracei e sorrir junto com ela.
Depois do filme Rayza me contou que seu beijo tinha gostou de framboesa e perguntou se eu queria prova. Hum.. Hum...
É por isso que gosto do Brasil.

No mais corrupção e falta de sexo na minha cidade.
Obrigado por me lerem amigos desconhecidos.

Humberto filho
30/11/2010